Contribui com uma entrevista para a revista Crescer sobre a ingestão de Iodo pela cantora Kelly Key durante a gestação, para aumento de QI do bebê. Então decidi escrever mais este assunto.
O iodo é adquirido apenas através da alimentação ou suplemento. É utilizado para produção de hormônios da tireoide que são essenciais para crescimento físico, neurológico e metabolismo do ser humano. Sua deficiência ou excesso podem trazer prejuízos ao organismo. A gestante que tem deficiência de iodo grave pode ter retardo de crescimento fetal, deficiência do desenvolvimento intelectual futuro.
No Brasil existe deficiência de iodo, mas em quantidade aceitável pelas organizações internacionais. A suplementação de iodo no sal de cozinha ajuda a diminuir as deficiências de iodo. O iodo pode ser encontrado também em peixes, leite e derivados de leite, em algas, casca da batata, bacalhau, ameixas secas, banana e alimentos processados que levam sal (como pão por exemplo).
A mulher não gestante deve ingerir entre 150 a 400 mcg de iodo por dia e a gestante de 200 a 400 mcg por dia. Porém cada gestante deve ser avaliada de acordo com a sua nutrição habitual de iodo através da alimentação sendo ou não necessário um suplemento. Devemos lembrar que o excesso do iodo também não é interessante, podendo causar distúrbios na tireoide como o hipotireoidismo.
A deficiência de iodo na gestação é grave e pode levar além de hipotireoidismo e ao bócio endêmico na mãe, a problemas ao feto em formação. O mais temido é o chamado cretinismo no qual a criança apresenta uma deficiência mental e auditiva graves. Pode levar ainda a um retardo do crescimento intra útero, e a deficiência intelectual e cognitiva na infância. A famosa alteração de QI. Por isso que o iodo é sabidamente há décadas um elemento que previne alteração intelectual e cognitiva.
Assim faça seu pré natal e converse com seu obstetra sobre a necessidade de suplementação.