Gravidez Anembrionária

aborto

Recebi algumas dúvidas sobre este tema nas redes sociais e então decidi escrever sobre este assunto.

O abortamento é interrupção da gestação até as 20 semanas de gestação de forma espontânea ou provocada cujo embrião tenha peso menor de 500gramas.

O abortamento espontâneo ocorre de forma mais frequente do que imaginamos.

Claro que quando a mulher planeja e deseja a gravidez a notícia de um abortamento é muito dolorosa. Mas devemos saber que em mais da metade desses abortos precoces até 12 semanas de gestação, há uma alteração cromossômica incompatível com a vida. Nesses casos a mulher poderá engravidar novamente e ter uma gestação saudável.

Em uma pequena porcentagem o abortamento espontâneo pode ser causado por alguma doença materna, malformação uterina, uso de medicações ou drogas. Nesses casos o obstetra poderá fazer uma investigação e aconselhar sobre os próximos passos a serem seguidos.

Existe um diagnóstico de abortamento que intriga a mulher que recebe essa notícia, a gravidez anembrionada ou anembrionária.

Como funciona, esse diagnóstico?

É um achado do exame de ultrassonografia, não é um abortamento diferente do que os outros abortamentos espontâneos, porém quando é realizada a ultrassonografia transvaginal não é visualizado o embrião, apenas o saco gestacional (que é a“casinha”ou a chamada ”bolsa de água”) onde o embrião iria se desenvolver. Ou seja, quando o ultrassom mostra o saco gestacional e não se vê o embrião, chamamos de gestação anembrionada ou anembrionária.

É importante saber que dependendo do aparelho de ultrassom uma gestação inicial pode ter essa mesma imagem de saco gestacional vazio, porém o embrião ainda está se desenvolvendo e em 7 a 15 dias irá aparecer dentro do saco gestacional, sendo então uma gestação normal. Por isso atenção!

Assim, sempre tire suas dúvidas com seu obstetra que irá calcular com você a idade da gestação e estará apto a te auxiliar.