Métodos Anticoncepcionais de Barreira Não Hormonais

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Para mulheres que por motivos de escolha ou por contra indicação médica, não podem usar hormônios como anticoncepcionais, vamos mostrar os métodos de barreira.

Afinal, o que são métodos de barreira?

Os métodos de barreira servem para não permitir que o esperma masculino atinja o óvulo feminino, evitando assim a gravidez. A gravidez ocorre pelo encontro do espermatozoide masculino (eliminado durante a relação sexual e principalmente no orgasmo masculino) com o óvulo feminino (sai do ovário no período fértil feminino). Alguns métodos podem ser comprados em farmácias, já outros apenas com profissionais de saúde.

Quais são os métodos de barreira?

  • Espermicida
  • Camisinha (condom)
  • Esponja
  • Diafragma
  • Tampa cervical

Qual é a efetividade desses métodos para prevenir gravidez?

Esses métodos não são tão eficazes quanto implantes, Dius e injetáveis. Devem ser usados de forma correta e regrada em toda a relação do início ao fim.

Agora vamos falar um pouco sobre cada método.

Espermicida

É um produto químico que inativa o esperma. O composto mais comum ‘o nonoxinol-9 Pode ser utilizado de forma isolada ou associada a outros métodos de barreira (exceto a esponja que já vem com espermicida). Pode ser apresentado em gel, pomada, supositório…

Se usado de forma isolada, sem se associar a outro método, deve ser inserido na vagina perto do colo (com algum aplicador) e esperar de 10 a 15 minutos depois da inserção para ser efetivo. O espermicida é eficaz apenas por 1 hora depois de inserido na vagina. Deve-se inserir um novo espermicida para cada ato sexual. Depois do ato sexual não se deve fazer ducha ou remover o espermicida por 6 horas.

Benefícios:

  • Pode ser comprado em farmácias e é fácil de usar.
  • Não afeta hormônios femininos e não afeta amamentação

Desvantagem

  • Pode causar irritação e ou queimação na vagina
  • Alergia
  • Não previne contra DSTs (doenças sexualmente transmissíveis-veja o post sobre DSTs)

Camisinha /Condom

Existem 2 tipos de camisinha:

  • Masculina: é uma membrana colocada no pênis ereto durante o ato sexual. E previne contra DSTs.
  • Feminina: anel com membrana que é inserido dentro da vagina perto do colo uterino e o outro anel fica na entrada da vagina. Traz alguma proteção contra DSTs (menor que a condom masculina).

Se usadas associadas a outros métodos como o espermicida é a melhor forma de prevenir gravidez e DSTs. De preferência deve ser usada com lubrificante a base de água ou silicone. Importante: não se deve usar a camisinha feminina e masculina juntas. E depois do ato sexual sempre jogar no lixo.

Benefícios:

  • Preço acessível em qualquer farmácia. E distribuídos nos Postos de Saúde.
  • Não afetam os hormônios femininos.
  • Podem ser usados no pós parto e não afetam a amamentação.
  • Previnem DSTs
  • A camisinha feminina pode ser inserida por 8 horas antes de ter relação.
  • Podem ser carregados em bolsa, bolso ou carteira com facilidade

Desvantagem

  • Alergia ao látex ou ao poliuretano.

Esponja

É um dispositivo redondo feito de uma espuma macia que contém espermicida. É inserida na vagina cobrindo o colo uterina e impede que o esperma entre no útero além de conter espermicida. A esponja não protege contra DSTs.

Pode ser colocada em até 24 horas antes do ato sexual e deve ser deixada por pelo menos 6 horas depois do ato sexual. Ao todo não deve ficar por mais de 30 horas. Se tiver um novo ato sexual durante esse período não precisa recolocar a esponja. Depois do uso deve ser jogada no lixo.

A esponja é menos eficaz em mulheres que já tiveram filhos e depois do parto deve-se esperar por 6 semanas até o útero voltar ao tamanho normal (seu obstetra e ginecologista poderá te dar mais informações)

Benefícios:

  • Não altera os hormônios naturais femininos
  • Pode repetir ato sexual durante as 24 horas do uso da esponja
  • Não afeta amamentação

Desvantagens:

  • No Brasil não é fácil de se comprar
  • Aumenta o risco de HIV se o parceiro for HIV positivo
  • Não protege contra DSTs
  • Pode causar queimação, irritação ou alergia na vagina
  • Não deve ser usado no período menstrual, no pós parto por menos de 6 semanas, não usar por mais de 30 horas.

Diafragma

O diafragma é um dispositivo que deve ser colocado sobre o colo uterino dentro da vagina para cobrir a entrada do útero. Pode ser feito de silicone ou látex. Deve ser usado obrigatoriamente com espermicida.

Existem 2 tipos de diafragmas:

  • Tamanho individual calculado pelo ginecologista
  • Tamanho único que cabe na maior parte das mulheres

Nenhum dos dois tipos protege contra DSTs. Deve–se esperar 6 semanas após o parto para usar o diafragma ou até o útero voltar ao normal.

Deve ser deixado na vagina por 6 horas depois do ato sexual mas não deve ser deixado por mais de 24 horas. Se tiver mais relações durante esse período deve-se aplicar novamente o espermicida sem retirar o diafragma e esperar mais 6 horas antes de retirar (não ultrapassar 24 horas).

Benefícios:

  • Não altera os hormônios femininos
  • Não altera amamentação
  • Pode ser inserido horas antes do ato sexual (cada diafragma tem uma especificação de horas)

Desvantagens:

  • Pode aumentar o risco de adquirir HIV
  • Pode causar queimação, irritação e ou alergia na vagina
  • O uso de diafragma e espermicida pode aumentar o risco de infecção urinária.
  • Não deve ser deixado por mais de 24 horas

Tampa Cervical

É uma cúpula de plástico que se encaixa firmemente ao colo e assim como o diafragma deve ser usada com espermicida. Deve ser prescrita por um profissional da saúde. No Brasil é difícil de ser encontrada.

A tampa deve ser deixada por 6 horas após o ato sexual e não mais de 48 horas. Se tiver novas relações nesse período não precisa reaplicar o espermicida.

São menos eficazes em mulheres que já tiveram parto. Deve-se esperar 6 semanas pós parto para usá-lo ou até o útero voltar ao normal.

Benefícios:

  • Não altera os hormônios e não altera amamentação.
  • Pode ser inserido 40 horas antes de ter o ato sexual

Desvantagem:

  • Pode aumentar o risco de adquirir HIV
  • Pode causar irritação e ou odor
  • Não dever ser usada no período menstrual.