Câncer de Mama Familiar

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O câncer de mama familiar e/ou genético ocorre em famílias portadoras de mutação dos genes BRCA1 e BRCA2.

Mulheres ou homens que herdam a mutação têm risco maior de desenvolver câncer de mama e/ou de ovário.

Com e sem mutação, quais as chances de desenvolver o câncer de mama e ovário?

A incidência em mulheres sem mutações e sem fatores de risco é aproximadamente 12 % ao longo da vida. Para as com mutações comprovada, a incidência aumenta para 80% o risco para câncer de mama e para 40% o risco de ter câncer de ovário.

Quais as principais características do câncer familiar?

Para falarmos de um câncer familiar e/ou genético, algumas características chamam muita atenção no histórico familiar da paciente. Lembrando que as mutações nocivas desses genes podem ser transmitidas por ambos os sexos.

  • As pessoas acometidas são jovens, geralmente com menos de 30 anos.
  • Há maior tendência de ter câncer bilateral ou com um intervalo muito pequeno de aparecimento de uma mama para a outra.
  • Presença de casos de câncer de ovário nas mulheres da família.
  • Presença de câncer de mama em homem.

Portanto se houver pelo menos 3 parentes próximos (mãe, irmã e filha) afetados; 2 pessoas do mesmo lado da família (do pai ou da mãe), uma delas com menos de 50 anos; parente de 1º grau com câncer de ovário com menos de 40 anos, múltiplos câncer de mama na mesma mulher, câncer de mama em homem, deve-se realizar o teste de detecção de mutação genética.

 Se a mutação for confirmada. O que fazer?

Havendo confirmação da mutação deletéria de BRCA1 e BRCA2 a melhor indicação é a cirurgia profilática para retirada das mamas e dos ovários por volta dos 40 anos ou depois de ter os filhos desejados.

Antes disso deve-se permanecer sob continuo acompanhamento médico e realizar exames específicos como:

– mamografia a partir dos 25 anos e ressonância complementar anual.

Vale lembrar que não há necessidade de pânico. A incidência de câncer de mama na mãe ou na tia de 65, 70, 80 anos desde que seja um caso isolado naquele grupo familiar não faz subir o risco da filha desenvolver câncer de mama. São os cânceres esporádicos e os mais comuns de ocorrerem.

No entanto se a mãe teve câncer de mama aos 45 anos sendo o único caso em uma família com várias mulheres, a filha passa dos 12% (risco da população geral) para 15%.

Portanto os cânceres genéticos não são frequentes e acometem um grupo especifico.

Então, é sempre bom contar o histórico familiar para seu ginecologista e entender junto com ele se há risco de câncer familiar.